terça-feira, 4 de maio de 2010

ATMOSFERA TERRESTRE

ATMOSFERA TERRESTRE


A atmosfera terrestre é uma fina camada de gases sem cheiro, sem cor e sem gosto, presa à Terra pela força da gravidade. Visto do espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido pela dispersão da luz solar sobre a atmosfera, que existe em outros planetas do sistema solar e que também possuem atmosfera.

Imagem da Terra vista do Apollo 17.
Nitrogénio 75.024%
Oxigénio 18.9463%
Árgon 0.734%
Dióxido de Carbono 0.038%
Vapor de Água 2%
Outros 0.002%



















CRIADO E PUBLICADO POR: JHONATAN VITURINO

El Niño

El Niño


El Niño e La Niña são alterações significativas de curta duração (12 a 18 meses) na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima. Estes eventos modificam um sistema de flutuação das temperaturas daquele oceano chamado Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como OSEN (Oscilação Sul-El Niño – ver abaixo). Seu papel no aquecimento e arrefecimento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso.

O El Niño foi originalmente reconhecido por pescadores da costa oeste da América do Sul, observando baixas capturas, à ocorrência de temperaturas mais altas que o normal no mar, normalmente no fim do ano – daí a designação, que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com o Natal.

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Durante um ano “normal”, ou seja, sem a existência do fenômeno El Niño, os ventos alísios sopram no sentido oeste através do Oceano Pacífico tropical, originando um excesso de água no Pacífico ocidental, de tal modo que a superfície do mar é cerca de meio metro mais alta nas costas da Indonésia que no Equador. Isto provoca a ressurgência de águas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes na costa ocidental da América do Sul, que alimentam o ecossistema marinho, promovendo imensas populações de peixes – a pescaria de anchoveta no Chile e Peru já foi a maior do mundo, com uma captura superior a 12 milhões de toneladas por ano. Estes peixes, por sua vez, também servem de sustento aos pássaros marinhos abundantes, cujas fezes depositadas em terra, o guano, servem de matéria prima para a indústria de fertilizantes.

Quando acontece um El Niño, que ocorre irregularmente em intervalos de 2 a 7 anos, com uma média de 3 a 4 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando numa diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e, consequentemente, na diminuição da produtividade primária e das populações de peixe.

Outra consequência de um El Niño é a alteração do clima em todo o Pacífico equatorial: as massas de ar quentes e úmidas acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste da América do Sul e secas na Indonésia e Austrália. Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela deslocação de massas de ar a nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo, durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados centrais dos Estados Unidos, enquanto que nos do sul há mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico (Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais seco. Os verões excepcionalmente quentes na Europa e as secas em África parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Niño.

La Niña é o fenômeno inverso, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, também no fim do ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño. Também já foi denominado como “El Viejo” (“O Velho”, ou seja, a antítese do “menino”) ou ainda o “Anti-El Niño”.


PUBLICADO E EDITADO POR: JHONATAN VITURINO

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A DANÇA DOS CONTINENTES

A Dança dos continentes

As deformações visíveis na superfície do terreno, os fenômenos vulcânicos e sísmicos, presentes tanto nos continentes, como no fundo dos oceanos, são provas do dinamismo da Terra. Nosso Planeta não é um corpo estático, pelo contrário, ele esteve e continua sob intensa atividade.

Idéias científicas sobre a evolução da Terra começaram a surgir há 200 anos atrás mas até o início do presente século, acreditava-se que a distribuição dos continentes e oceanos era essencialmente a mesma.

A Deriva Continental

Em 1915, o alemão Alfred Wegener publicou a Teoria da Deriva dos Continentes, propondo que a 200 milhões de anos atrás todos as massas emersas de terra estariam reunidas em um único super-continente, denominado Pangea, envolto por um mar universal, a Panthalassa. Posteriormente, essa massa continental fraturou-se em partes menores que se dispersaram em consequência de movimentos horizontais. Além da semelhança entre as margens dos continentes, que se encaixam como um grande quebra-cabeça, Wegener buscou evidências geológicas, paleontológicas e climáticas, particularmente nos continentes do hemisfério sul, para fundamentar sua hipótese. Ele acreditava que a força para impulsionar a movimentação dos continentes seria derivada das marés e da própria rotação da Terra. No entanto, existem dificuldades de ordem física e matemática para sustentar esse modelo de movimentação e, por isso, a teoria sofreu forte oposição dos principais cientistas da época, caindo, praticamente, em esquecimento.
Super continente Pangea há 200 milhões de anos



Grande revolução científica aconteceu nos Anos 60 com o aporte de inúmeras e novas informações, particularmente no campo da geologia e da geofísica marinha: melhor conhecimento do fundo dos oceanos desenvolvimento do paleomagnetismo, do conceito das falhas transformantes, da localização mais precisa dos terremotos etc. A partir dessas idéias, entre 1967 e 1968 nasce a teoria da Tectônica de Placas com os trabalhos de J. Morgan, X. Le Pichon e D. McKenzie, entre outros autores.

A teoria da Tectônica de Placas

Essa teoria postula que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera - que engloba toda a Crosta e a parte superior do Manto, até cerca de 100 km de profundidade - está quebrada em um determinado número de placas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais, que podem ser representados como rotações com respeito ao eixo que passa pelo centro da Terra.

Essas movimentações ocorrem porque a Litosfera, mais leve e fria, praticamente “flutua” sobre o material mais quente e denso e parcialmente fundido, existente no topo da Astenosfera. É nessa parte viscosa, dos primeiros 200 km da Astenosfera, que são geradas as correntes de convecção, supostamente o mecanismo que proporciona a movimentação das placas tectônicas.

As placas deslizam ou colidem uma contra as outras a uma velocidade variável de 1 a 10 cm/ano. Nas regiões onde elas se chocam ou se atritam, crescem os esforços de deformação nas rochas e, periodicamente nesses pontos, acontecem os grandes terremotos. Justamente nos limites das placas tectônicas, ao longo de faixas estreitras e contínuas, é que se concentra a maior parte da sismicidade de toda a Terra. É também próximo das bordas das placas que o material fundido (magma), existente no topo da Astenosfera, ascende até a superfície e extravaza-se ao longo de fissuras, ou através de canais para formar os vulcões. Apesar de os terremotos e vulcões normalmente ocorrerem próximo aos limites das placas, exepcionalmente, podem acontecer super terremotos nas regiões internas das placas.

Distribuição mundial das placas tectônicas e tipos de limites entre elas


Fundamentalmente existem 3 tipos de contactos entre as placas tectônicas propocionados por movimentações com sentido divergente, convergente, de deslocamento horizontal ou falha transformante:

Movimento entre Placas Divergentes

Ocorre quando as placas se movimentam para direções contrárias entre si. Esse processo acontece principalmente nas áreas ao longo das cadeias meso-oceânicas. Essas cadeias são extensas elevações submarinas, cuja topografia é muito mais acentuada e exuberante do que as tradicionais zonas montanhosas existentes nos continentes - podem alcançar mais de 1.000 km de largura e 20.000 km de extensão e sua crista é marcada por profundas fendas ou fissuras.
Quando as placas se afastam uma da outra, o material em estado de fusão - o magma - existente no topo da astenosfera, sobe através das fendas, situadas na crista das cadeias submarinas, e extravasa-se formando um novo fundo oceânico.

Movimento de Placas Convergentes

Este caso ocorre quando duas placas se chocam. Na maior parte das vezes, uma delas desliza por debaixo da outra, formando profunda trincheira que penetra pelo fundo oceânico. A placa inferior desliza no interior da astenosfera segundo um plano inclinado - entre 40º a 60º com relação a horizontal. Essa região de junção de placas recebe o nome de Zona de Subdução ou Zona de Benioff-Wadati. Mais de 3/4 dos terremotos do mundo ocorrem nesse tipo de limite de placas. É aí também que se encontram os sismos de foco profundo, com 300 a 700 km de profundidade.

Ao subsidir para zonas mais profundas da astenosfera a placa rígida encontra altas temperaturas podendo ser parcialmente fundida. Esse novo magma, que é menos denso que as rochas circunvizinhas, sobe através de zonas de fraqueza da crosta e extravasa-se sob a forma de vulcões. Aproximadamente 2/3 das erupções vulcânicas conhecidas ocorrem nesse tipo de limite de placas.

Exemplo clássico de placas convergentes é a de Nazca e a da América do Sul. A interação do movimento dessas placas possibilitou a formação da Cadeia Andina e a trincheira oceânica Chile-Peru.

Movimento Horizontal ou de Falha Transformante

Separa placas que estão se deslocando lateralmente. O atrito entre as placas é grande de modo que podem ocorrer grandes esforços e deformações nas rochas que, periodicamente, são liberados por meio de grandes terremotos.
Para esse caso, o melhor exemplo é a falha de Santo André, na California, limitando a Placa Americana, com movimento geral na direção SE, da Placa do Pacífico, com movimento geral na direção NW.

EDITADO E PUBLICADO POR: JHONATAN VITURINO



Terremoto
O interior da Terra
Magnitude
Intensidade
Terremotos Catastróficos

domingo, 18 de abril de 2010

Os abalos sísmicos no Brasil

O Brasil não está livre dos abalos sísmicos. No entanto, entre nós, as suas origens têm provocado divergências entre os técnicos. A idéia defendida, no início do século passado, por alguns especialistas, entre eles o geógrafo e militar Alípio Gama (1863-1935), de que os tremores de terra registrados são resultados de acomodações das camadas do subsolo, tem sido combatida por alguns especialistas. Para melhor conhecer suas causas, já se deveria ter iniciado um estudo integrado geofísico-geológico que permitisse o pleno conhecimento das causas dos terremotos e as suas possíveis conseqüências, como foi recomendado, em 1968, durante os terremotos que atingiram diversas cidades do Nordeste, pelo geólogo Othon Leonardos (1899-1977) e, mais recentemente, pelo geofísico Sérgio Luiz Fontes, atual diretor do Observatório Nacional, da criação de uma rede sismológica em todo o território brasileiro.

A primeira ocorrência de terremotos no Brasil deu-se em 1560, em São Paulo, como está registrado no livro de Simão Vasconcellos intitulado Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil (1865). No entanto, a freqüência dessas ocorrências não é muito grande. Segundo Arrojado Lisboa (1872-1932), quatro são as regiões mais freqüentemente afetadas por tremores de terra no Brasil. Uma das primeiras é a cidade de Bom Sucesso, em Minas Gerais, como se pode verificar estudando uma monografia de Nélson Coelho de Senna (1876-1952), intitulada Existem Vulcões no Brasil Continental? na qual se encontram os principais relatos de abalos sísmicos registrados em Minas Gerais. Os artigos de Nélson de Senna foram publicados no Anuário de Minas Gerais entre os anos de 1906 e 1907. A segunda região indicada por Lisboa é a região do Rio de Janeiro, cujo registro mais antigo indica ocorrência em junho de 1861, na cidade de Parati e em Areias. A terceira é a região de Aracati-Assu, no Ceará e no Rio Grande do Norte. O mais antigo registro nessa região está relatado por Thomaz Pompeo de Souza Brasil (1818-1877), no Dicionário topográfico e estatístico da província do Ceará (1861), como tendo ocorrido em 8 de agosto de 1807, nas seguintes cidades: Jaguaribe, Fortaleza, Icó, Mossoró e Serra do Martins. A quarta e última região é uma zona do sudeste de Mato Grosso. O mais antigo registro de abalo nessa região data de 24 de setembro de 1744, quando a terra tremeu em Cuiabá, provocando, um enorme alarme, como está citado na Corografia Brazi1ica ou relação histórico-geográfica do Reino do Brasil (1817), de Manuel Aires Cazal.

O terremoto de 9 de maio de 1886, sentido em Petrópolis, às 3h20, durante quatro segundos, foi relatado pelo imperador d. Pedro II à Academia de Ciências de Paris. Uma curiosa história foi a relatada em 1838, por P. Daussy, na Academia de Ciências de Paris. Após relatar um abalo registrado na costa do Nordeste do Brasil, o pesquisador francês levantou a hipótese da existência de um provável vulcão submarino situado entre as latitudes Sul de zero grau e 20 minutos e a longitude Oeste de 22 graus. Desde os meados do século XIX e no início deste século passado, o problema sismológico preocupou muito os pesquisadores brasileiros, assim como alguns franceses.


ESCRITO E PUBLICADO POR: JHONATAN VITURINO